Você sabia que respirar pela boca, além de não ser natural, traz diversos prejuízos à saúde no geral? Comprometimentos de ordem postural, funcional, de fala, de deglutição e até de aprendizagem estão relacionados à esta prática. Perigoso, né?
Por isso, pensando na sua saúde e bem-estar, a Odonto Empresas preparou um artigo bem especial com várias informações valiosas sobre a respiração bucal. O material foi escrito pela Vanessa Sanae Nagatani Marques – cirurgiã- dentista e especialista em Ortopedia e Ortodontia dos Maxilares. Confira!
Respiração bucal não é normal e tem impacto marcante sobre a saúde geral do indivíduo!
A respiração bucal acontece quando as funções nasais estão comprometidas por impedimentos da respiração pelo nariz, devido à desvios de septo, pólipos nasais, hipertrofias de conchas nasais, ocasionadas pela rinite alérgica ou alterações anatômicas, aumento da adenoide, entre outros fatores.
Quando respiramos normalmente, o ar entra pelo nariz expande os seios paranasais e estimula o crescimento facial como um todo, funcionando como uma locomotiva que arrasta positivamente todas as diretrizes do crescimento. Os lábios se fecham, a língua se posiciona corretamente na cavidade bucal e o tônus (força) muscular se adequa às funções. No respirador bucal isso não acontece!
Nas crianças em fase de desenvolvimento, a respiração bucal tem repercussões mais negativas, pois altera o crescimento facial e desencadeia uma série de reações sobre o sistema mastigatório, alterando o curso da sua evolução normal.
O indivíduo que respira pela boca, muda a postura da língua, que tende a abaixar e se colocar no assoalho da cavidade oral. Não há força para a postura do lábio, com isso, a pressão da musculatura em volta da boca tende a apertar as arcadas dentárias, diminuindo seu perímetro, repercutindo em falta de espaço para a boa relação dentária.
A saúde geral sofre com a respiração bucal e pode-se notar uma série de sinais e sintomas:
1. Boca aberta;
2. Manchas brancas nos dentes;
3. Inflamação das gengivas – gengivite;
4. Fraqueza na musculatura labial – hipotonia labial;
5. Flacidez facial;
6. Desvio postural – alterações na coluna vertebral e no tórax;
7. Deglutição de ar – aerofagia;
8. Ronco e engasgos;
9. Dificuldade de atenção e aprendizagem – déficits cognitivos;
10. Sonolência e lentidão.
Com a desobstrução nasal como ponto de partida e o tratamento da maloclusão, além do apoio das outras áreas, o quadro se reverte, a saúde geral se instala e a qualidade de vida do paciente melhora como um todo.
O tratamento é multidisciplinar envolvendo o Cirurgião-Dentista, além do Otorrinolaringolista, Fonoaudiólogo e Fisioterapeuta.